terça-feira, 10 de novembro de 2009

Agosto de 1968 - Costa da Caparica

Legenda escrita pela mã no verso da fotografia "Os 6 mais velhos"

A minha legenda aqui:

Beta (10 anos); Miguel (1 ano); Paulo (9 anos); Pieter (6 anos); Fred (3 anos); Ana (7 anos)
Observação: hoje finalmente consegui colocar aqui a foto!
Beta

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Old One


Hoje passei a tarde a ver fotografias antigas e encontrei esta que está mesmo querida!
Resolvi partilhar =)
Beijoca Sofia

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Rosa e Artur (3)









Estas são mais algumas fotos do dia dos nascimentos, e outras mais recentes.



Here are a few more photos. Some from the day Artur and Rosa were born, and some others more recent.



1. Artur; 2. Rosa, Artur e Henrique; 3. Henrique e Rosa; 4. Henrique e Artur; 5. Filipa e Artur; 6. Artur; 7. Henrique e Rosa; 8. Rosa; 9. Henrique e Rosa

In the Navy









Ora aqui vão umas fotos recentes do nosso marinheiro Udo.

Please find here some photos of Udo in the navy!

Beta (a pedido da Ana)

domingo, 6 de setembro de 2009

Rosa e Artur (2)




Após tantas expectativas e desilusões - esperavamos novidades ainda no mês de Agosto, mas não tivemos tal sorte -, finalmente nasceram os tão esperados primeiros gémeos da família Somsen. Depois de esquartejada a desgraçada da mãe, eram, como já a Beta o disse, 16:19h quando o Artur, com 3180g e 52cm de comprimento foi tirado cá para fora, e 16.20h quando foi a vez da Rosa, com 2470g e 48cm. A sairem mais a mãe do que ao pai (há quem espere ainda uns olhos azuis, mas têm bastante cabelo escuro), parecem dois bonequinhos lindos e frágeis, retirados abruptamente do ventre confortável da mãe.
Foi um dia bem agitado, não só por causa desta chegada. Também o Henrique e a avó chegaram na sexta feira, vindos de umas longas férias de Verão. Ou seja, num dia chegaram os nossos três filhos.
Ficam então aqui as primeiras fotos desse trio maravilha.... Ficamos à espera de visitas de familiares...




as fotos têm a seguinte legenda:
Henrique e Artur
Henrique e Rosa quase de pernas para o ar
Rosa a gritar aos ouvidos do irmão

After many days of expectation, finally the twins arrived! Artur, our big boy, at 16:19h weighing 3180 g and measuring 52 cm and Rosa, our lovely girl, at 16:20h with 2470 g and 48 cm. They look a lot like their mother, with their dark brown hair (we expect that one of them may have blue eyes from Fred, but we don’t know yet), and they look a lot like two beautiful puppets. Henrique and his grandmother also arrived after a long holiday period in Portugal.
On the same day, our three children arrived!
Here are the first photos, and we are waiting for your visit soon!

Photos:
Henrique with Artur
Henrique with Rosa (almost up side down)
Rosa (already screaming) and Artur (eating is hands)

sábado, 5 de setembro de 2009

Rosa e Artur / Rosa and Artur

Finalmente os gémeos nasceram! Foi ontem, 4 de Setembro, que o Artur, às 16h18m e com 3,180 kgs e a Rosa às 16h20m e com 2,450 kgs chegaram. As informações das horas e pesos foram-me dados por telemóvel, por isso pode ser que hajam diferenças a corrigir. Bem vindos sejam!


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Rosa and Artur were born yesterday, the 4th of September, around 16h18 (Artur) and
16h20 (Rosa). They are both healthy and happy to join the Somsen Family!!!!

Beta

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Paulo - 50 anos



Zé disse:
Pai querido meu amor quero dar presentes meu amor

Afonso disse:
de vez em quando , és chato, de vez em quando és porreiro, mas a toda a hora, és o meu pai, e eu adoro-te

João disse:
"Lembras-te do prince of persia viciar?
e de me arranjares o meu primeiro trabalhinho?
agora os 50 anos estás a festejar,
PARABÉNS PADRINHO!"

Laura disse:
Pai, sempre me acompanhas-te, sempre me ajudas-te, sempre me deste aqueles miminhos que nem toda a gente dá...
Em primeiro lugar criaste-me, tives-te toda a paciência para todas as minhas birras impossíveis, já me salvas-te a vida, já me apoias-te numa operação... Que mais posso pedir que faças por mim? Eu sempre farei tudo no máximo para ti, mesmo que seja uma coisa practicamente impossivel!
Espero que não te tenhas arrependido de me fazer tudo isso, porque eu sinto-me completamente grata por ser tua filha...
Adoro-te!!!
Amália mandou:


Sofia disse:
Desde sempre que achei que devia ser uma pessoa importante e marcante na tua vida…. Costumam dizer que à 3ª é que é de vez… mas eu preferi que fosse à 2ª. Tentei nascer no teu dia de anos mas infelizmente já estava apertada de mais e lá vim 10 dias antes… Mas não podia deixar de marcar a tua vida por isso tive que nascer no dia 4! Ah pois!!! Tinha que ser num dia especial para ti… e mazinha como sou obriguei a minha mãe a ficar na maternidade em vez de ir festejar e comer à grande e à francesa no teu casamento!
Pois é… já lá vão 50 anos de vida, 20 de casamento e 20 a aturar-me! São muitos tios mas tu tens o teu quê de importância – és o único que sei quantos anos de casamento tem! Já viste? Maravilha! Eheheh
Espero que tenhas sido muito feliz até aqui e que o sejas por muitos mais anos!
Beijoca da sobrinha de quem nunca esquecerás a idade e dia de anos =)

Miguel disse:
AO PIRATA PAULO SOMSEN
Ao longo desta minha vida de eterno pós-adolescente, segui as pisadas do Paulo como um patinho recém-nascido segue a mãe, sem conhecimento de risco e armadilhas inerentes à vertigem da vida.
A aventura de o seguir para os maus caminhos foi enorme, e sempre preferível ao tédio, como provam as experiências inesquecíveis de ver os 120 Dias de Sodoma e Gomorra de Pasolini no Quarteto aos 12 anos (tratava-se de um filme light em que padres abusavam sexualmente de crianças), ou a iniciativa empresarial de gravar cassetes piratas com as melhores bandas do mundo para vender ao pessoal que semanalmente preenchia os Pregões e Declarações do Blitz (e eles compravam!).
O maior erro da minha vida? Seguir o Paulo até ao Instituto Superior Técnico, onde uma rádio pirata (a R.U.T., Rádio Universidade Tejo) dava os seus primeiros passos. Se eu não tivesse entrado nesse projecto visionário, feito para monarcas de castelos na areia, teria decerto hoje uma vida mais católica e equilibrada, como a nossa avó tanto desejava. E provavelmente nem teria barriga – ou a barriga cheia de tanto viver.
Por isso, se pudesse repetir, ou voltar atrás, preferia sempre seguir o Paulo pelos maus caminhos. Porque só os sábios, os atrevidos e os piratas nos podem dar a conhecer os atalhos da felicidade.

Ana disse:
Que tudo se passa a correr, já sabemos, quando jovens; como tudo se passa a correr, só sabemos com a idade.

Fred disse:
Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem. Estávamos em 1979, e o Paulo chama-me ao quarto dele para me mostrar, as escondidas, algo que tinha comprado. Parecia algo muito secreto e proibitivo... Afinal era o álbum duplo dos Clash "London Calling". Era extremamente difícil conseguir discos tão novos nessa altura em Portugal (o álbum saiu em 1979, e era raro as edições de um ano chegarem nesse mesmo ano ao nosso país), por isso calculo que o tenha comprado no único local onde era possível adquirir importações - a discoteca do Carmo (a que o Paulo chamava "Os Freaks"). Claro que o preço deve ter sido uma barbaridade, e por essa razão disse-me, antes de eu sair do quarto, "Não digas nada a Mã".
Eu tinha apenas 14 anos, e estava a começar a gostar também de alguma música muito por influência dele (tinha comprado no Verão desse ano os meus dois primeiros discos - Police "Regatta De Blanc" e Ramones "It's Alive"), mas esse final de ano foi marcante para mim, com edições de discos como esse dos Clash, Joy Division, e também as famosas cassetes que o Govert Visser mandava ao Paulo.
Obviamente, tenho esse "London Calling" na minha colecção, e talvez até demais: duas versões em CD (a dos 25 anos, e a japonesa), e uma em LP (a original).
Foram tempos intensos, e nunca os esquecerei.

Graciete disse:
Neste dia tão importante quero desejar, cada segundo de sua vida, signifique um ano e que cada ano signifique uma eternidade de amor. Muitas felicidades

Beta disse:
Tive o privilégio de ser a que te conheço desde que nasceste. Para além, claro, do nosso pai. Por isso, conheço-te desde há 50 anos. E 50 anos é muito tempo. Tivemos as nossas brigas de miúdos, mas felizmente, em adultos, nunca as tivemos. Tens um lugar grande no meu coração. És o Paínho, o menino que tinha “duas boínhas, uma do Paínho e outra da badadida”, o trapalhão da linguagem quando criança, o que gostava de me picar para eu me enfurecer. O que organizava a venda dos refrescos e que punha os outros a vender por ele. Esperto! Um dos “meus meninos”. Beijinhos e, como dizia o outro, “faz o favor de ser feliz!”

Arie disse:
O espírito de iniciativa do Paulo não tinha limites quando era mais novo. Não quero dizer que este espírito lhe esteja a faltar, mas de qualquer forma sempre soube muito bem pôr os outros a trabalhar.
Na Medrosa, de verão, teve a ideia de montar o negócio de venda de refrigerantes à malta que passava, cheia de sede depois de um dia de praia, em caminho da estação de Oeiras. A água, o açúcar e os envelopes de TANG eram tiradas da despensa. O gelo do frigorífico, e assim montou uma mesinha com uma cadeirinha, a espera ao portão da casa, de clientes com sede.
Mas ficar à espera não era com ele. Assim, trespassou o negócio para o irmão mais novo, mas não sei se lhe pagava alguma coisa das receitas que iam caindo e que lhe dava depois possibilidades de comprar coisas que com a “semanada” que a mãe lhe dava, ele não podia pagar.

Pieter disse:
Quando a minha irmã mais velha propôs a toda a família, que escrevessemos umas palavras sobre o Paulo devido ao seu 50º aniversário, a ideia não foi muito bem recebida por mim, já que tudo me pareceu um género de obituário, daquelas coisas que dizemos ou escrevemos quando uma pessoa falece. Como tal, achei por bem não escrever nada, apesar de não devermos contrariar a irmã mais velha. Também é um facto que não tenho nenhum termo ou situação que possa descrever ou representar o que significa o Paulo para mim, como não o tenho para qualquer outro dos meus irmãos. Todos têm muito valor. É verdade que muita da minha juventude foi passada com o Paulo, e lembro-me particularmente das viagens que fazíamos juntos à Holanda, quando ele tentava ver-se livre deste irmão mais novo, e eu o fazia passar vergonhas na casa dos avós.
Após alguns dias a pensar nesta proposta da Beta ( não estamos de acordo mas sempre vamos pensando no assunto ), concluí que de facto devemos dizer às pessoas aquilo que sentimos por elas em vida. Não consigo dizer nada em particular sobre o Paulo, como não consigo dizer sobre qualquer um dos meus irmãos. Todos são diferentes, com feitios muito díspares, mas qualquer um deles é muito especial. Não me imagino a viver sem qualquer um deles, mesmo que os nossos contactos não sejam assim tão assíduos, no entanto sei que basta um sinal para que qualquer um deles venha em nosso auxílio. É isto que eu acho que personaliza a nossa família, e para mim é um privilégio ter estes irmãos todos. Qualquer um deles. Sei que posso contar com todos. Por isso Paulo, aquilo que eu te digo, digo a todos os outros: obrigado por seres meu irmão. Amo-te muito.

Dina disse:
O meu maninho mais velho
São várias as recordações que tenho dele enquanto miúda, mas com 10 anos de diferença, de sexos diferentes, as recordações são maioritariamente carregadas de afectos negativos, na altura. O Paulo era (e é) o meu irmão mais velho e claro, eu só queria a sua admiração. Por isso, sei que fazia muitas coisas para que ele me considerasse como alguém.... quanto mais queremos fazer o bem, muitas vezes fazemos o contrário, e claro, era o que acontecia. Ele a chamar-me miúda e eu a ficar triste. Mas fui crescendo, aproveitando os seus conhecimentos musicais e conseguindo, por vezes, chegar até ele por essa via (lembro-me de ter usado a sua aparellhagem e a ter estragado e ele ter ficado tão chateado que me obrigou ir arranjá-la, o que implicava para uma miúda de 13/14 anos ter de ir de Oeiras a Almada sozinha para levar a aparelhagem a arranjar. Mas fui e mostrei-lhe que era capaz).
A grande ligação entre nós sinto que aconteceu após a morte da nossa mãe (apesar de me lembrar muito bem quando ele me contou que estava apaixonado pela Sandra, e eu senti-me grande, o meu irmão contava-me os seus segredos....). A vida estava numa fase complicada para todos nós, com a perda da nossa mãe. Paralelamente, eu estava desempregada. O Paulo, nessa altura deu-me a mão oferecendo-me emprego que me ajudou a ocupar o tempo e a ganhar um dinheirinho (bem bom). Foram 10 anos de mãos dadas. Graças a ele pude continuar a sonhar e a investir na minha área de eleição, trabalhando, estudando e sempre com ele funcionando como a minha base segura, ou seja, aquela pessoa que mostrou que acreditava em mim e que sempre me impulsionou para eu procurar mais do que aquilo que estava a fazer. Adorei trabalhar com ele, adorei conhecer o meu irmão mais velho, sendo ambos adultos. Apoiámo-nos, ajudámo-nos e ligámo-nos. O meu maninho mais velho continua a ser o meu maninho mais velho e eu admiro-te muito maninho de 50 anos. És muito especial para mim e graças a ti aprendi que era capaz de fazer muitas coisas, porque mesmo achando que não, estavas sempre ao meu lado a picar e é isso, às vezes, que nos faz crecer. Ah, e não me posso esquecer, foste tu que me apresentaste o meu namorado.... pois é, vês como és importante? ADORO-TE MUITO.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um ano

Faz hoje um ano que criei este blog. Por acaso fui agora ver o que tinha escrito há um ano, por ter ideia de no aniversário da Sofia já existir e descobri que foi mesmo no dia de anos dela que o criei.

Entretanto já se passou muita coisa, como podem ver pelo que aqui se tem escrito.
Uma das coisas que não se vê, nem nunca foi escrito, porque o Fred se tinha comprometido a fazê-lo, mas não fez, foi a dos gémeos do Fred e da Filipa, que lá para o próximo mês devem "aparecer" por aqui. Estão neste momento com cerca de 30 semanas, o Artur com 2,250 kgs e a Rosa com 1,750 kgs, a prepararem-se para começar a moer o juízo ao irmão, coitado!
Os pais e o Henrique gozam neste momento umas merecidas férias em Portugal para criarem forças para o ano que se avizinha bem trabalhoso. Mas tudo se há-de superar, havendo saúde, que remédio!

Hoje a Sofia faz 20 anos e não podia deixar de escrever também sobre isso.
Hoje o Paulo e Sandra comemoram também 20 anos de casados. Estamos todos de parabéns.

As férias andam por aí e quase todos começam ou acabam os seus passeios de suposto descanso.

Parte do grupo excursionista “Donnez les mannez” partirá para umas curtas férias, por terras do Marvão e Castelo de Vide, onde seguirá desfalcado de metade, mas reunindo-se aos restantes membros, em Ovar. Depois contarei as aventuras usuais das nossas férias.

Boas férias a todos!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Migalhinhas


Esta noite sonhei com ele. Deve ter sido porque fez ontem anos e não lhe pude dar um beijinho. Mas quando sonhei ele era ainda pequenino, devia ter uns dois anitos e corria com aquela franjinha fininha a saltitar-lhe sobre a testa. Parecia um periquito como dizia o Orlando, não sei bem porquê.

Infelizmente, não me lembro de quando ele nasceu. Só me lembro da Dina, provavelmente por eu ser mais velha nessa altura e o facto de ser menina ter tido tanto significado para mim. Mas lembro-me muito bem dele, de me parecer um pardalito abandonado no meio de tanta criança. Sempre foi aquilo que o meu Migalhinhas me pareceu. E, no entanto, cresceu e cresceu bem. Fez-se homem e escreve como eu gostaria de escrever.

Quando o Fred nasceu, eu pedi à Mã para ele “ser o meu filho, porque ela já tinha muitos”. Serviu-me de emenda, porque quando o Miguel nasceu já não pedi. Não era (ainda) para mim, a altura de ter de acordar de noite (se bem que acordasse quando eles choravam), de dar banho, de pegar neles (o Fred era tão pesado que eu nem sequer conseguia), de mudar fraldas. Provavelmente por isso, quando o Miguel nasceu, a Ana olhou mais por ele do que eu. Ela tinha a idade que eu tinha quando nasceu o Fred e por isso compreende-se.

Tive pena de acompanhar pouco o crescimento dos meus irmãos mais novos, a adolescência deles. Eles eram os “3 mais novos” e nós, os “4 mais velhos”.

Ainda hoje são os meus “pequeninos”, apesar de serem maiores que eu (a Dina não!).

Mas todos têm lugar no meu coração e por isso, apesar de atrasada um dia, não quero deixar de dar os meus Parabéns ao Miguel, o meu sempre Migalhinhas!

Um beijo
Beta

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dina


Faz hoje precisamente 40 anos e lembro-me tão bem, tão bem, como se só tivessem passado alguns minutos.

Devia ser perto da uma da manhã quando o Pai me foi acordar a dar a novidade: “Bettina, Bettina, é uma menina e correu tudo bem!”. Sorri para dentro, satisfeita por ser mesmo uma menina como eu tanto queria, e voltei a adormecer.

Lembro-me também de ter pensado logo no bacio cor-de-rosa que estava dentro do meu roupeiro à espera da menina e que tinha servido para, no Carnaval, servir a mousse de chocolate. Tinha umas florinhas pequeninas em volta.

Uns meses antes, em Dezembro, pelo Sinterklaas, os pais tinham-nos dito que a prenda dessa vez vinha mais tarde, só lá para o Verão. E eu, com dez anos apenas, fiz as contas e comecei logo aos saltos e a dizer “É um bebé! É um bebé!” Como se um bebé fosse uma grande novidade naquela casa sempre tão cheia deles. Mas foi o último da nossa geração.

E a minha Menina faz hoje 40 anos. E parece que foi ontem! Parabéns!

Parabéns também à Manuela, claro! Não me podia esquecer dela nunca, faz anos no mesmo dia!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

21 de Maio de 2009

Pois foi, mais um aniversário se passou. Por acaso lembro-me de alguns deles, mas foram os poucos que ficaram na minha memória.

Claro que me lembro bem das festas de anos de infância, na minha primeira década de vida, em que o avô andava de máquina de filmar para aproveitar todos os ângulos possíveis e imaginários dos netos que brincavam no quintal da Medrosa. Da presença constante da Ana Cristina, a mais famosa ruiva de Oeiras, que sempre me acompanhou nesses aniversários. Passaram-se muitos anos, mas agora sempre nos vamos mantendo em contacto, o que já não é mau.

Lembro-me de ter feito 10 anos, de ter usado um vestido cor-de-rosa velho que muito gostava, de ter ido à Rua Nova do Almada, ao Marc Lenoir (era, não era?) tirar uma foto (vou ver se a encontro para pôr aqui)…


Lembro-me de ter feito 14 anos, de ter estreado um vestido branco com bolas azuis (a mã tinha o vestido azul com bolas brancas, e como me deu a escolher o tecido, preferi o branco) feito pela Rute. Lembro-me porque foi domingo, porque o Pieter fez a primeira comunhão, ele estava todo orgulhoso no seu papel. Lembro-me porque também tenho a foto com o dito vestido.


Lembro-me de ter feito 27 anos. Lembro-me de estar na minha casa na Figueirinha, casada, com um fato rosa salmão. Tinha sido operada esse mês e tinha deixado de fumar. Lembro-me porque o Fred me tirou uma foto sentada no chão. Lembro-me porque tenho a foto.

Lembro-me de ter feito 46 anos, em 2004, lembro-me porque recebi um relógio das minhas colegas de trabalho. Mas lembro-me também por causa da doença do João Pedro, filho da Alda. De ela ter ido embora sem lanchar connosco, porque ele não estava melhor e queria ir com ele ao Hospital.

E depois, lembro-me de ter feito 50, tenho esse dia na memória porque foi uma festa especial, quase só organizada pela Sofia. E também me lembro por ter sido o ano passado. Não tenho fotos.

Para o ano, lembrar-me-ei deste aniversário, porque estou a escrever sobre ele, claro.

Não trabalhei, fui ao cabeleireiro, estive em casa quase todo o dia sozinha. Jantámos no Zé Varunca os quatro, ou melhor a “minha” família especial, e depois de jantar tive algumas pessoas para comerem bolo lá em casa. Fomos poucos, menos do que é habitual, mas bons!

Pró ano espero que estejam mais presentes!

Beta

sexta-feira, 17 de abril de 2009

euromilhões (texto repetido no blog da beta)

Estação de Alcântara-Mar, 25 de Março de 2009, pelas 18h

Nessa quarta-feira que fui ao Hospital Egas Moniz com a Sofia para visitar a minha sogra e na passagem subterrânea da estação fomos abordadas por um suposto inglês que, muito aflito, nos perguntou se falávamos inglês e se o podíamos ajudar. Tinha sido roubado ou tinha perdido a carteira que levava à cintura (com gestos ajudava à explicação) e pedia se lhe podíamos dar dinheiro porque estava numa casa na outra banda e não tinha como lá chegar. O dinheiro, os documentos, tudo se tinha perdido.

Aconselhei-o a ir à Embaixada mas alegou que aquela hora já não estava ninguém e disse para ir à Polícia e respondeu que já lá tinha ido mas não o tinham ajudado. Disse-lhe que lamentava mas não tinha dinheiro comigo e seguimos viagem.

A Sofia ainda comentou que tinha pena dele, que era uma situação chata, etc. e o facto é que achei tudo muito estranho e fiquei algo desconfiada. Mas fomos embora e não me lembrei mais do assunto

Amoreiras, 16 de Abril de 2009, pelas 18h

Fui a uma consulta às Amoreiras e quando ia lá a chegar ouvi chamar: "Can you help me, please?" A voz pareceu-me conhecida, mas não me voltei e ouvi dizer em seguida: "Do you speak english?" e percebi qaue era mesmo comigo, no meio daquele mar de gente que abunda por aquelas bandas àquela hora. Voltei-me e dei de caras com ele, reconheci-o imediatamente, mas ele não me reconheceu.
Respondi-lhe que sim, que percebia o inglês e o que ele queria. Respondeu-me, aliviado, que tinha perdido a bolsa que levava à cintura (com os gestos habituais) e que...não o deixei falar mais, disse-lhe que já me tinha contado aquela história uma vez e que era tudo mentira. Ele virou as costas para ir embora bem depressa assustado e eu ainda lhe gritei que o que ele merecia era que eu chamasse a Polícia.




Um azar para o rapaz, ele deve ter ficado mesmo aflito. Deve ser difícil acertar assim na mesma pessoa, em sítios tão diferentes, mas o que é facto é que aconteceu.

Se não tivesse jogado no Euromilhões eu tinha ido a correr jogar, porque uma coisa destas deve acontecer uma vez num milhão!

Resolvi copiar o texto que escrevi no meu blog para aqui. Bem, ri-me com imensa vontade ao recordar tudo o que se passou, impressionante!

Beta

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Domingo de Páscoa, 12 de Abril de 2009


O Domingo de Páscoa foi de grande azáfama. Depois de irmos almoçar a casa dos Diogos, voltámos para casa para tratar do cabrito para o jantar em Santo Amaro. Ele já tinha sido previamente cortado, limpo de gorduras extra, temperado, banhocado, etc. e tal, na véspera, para ter um sabor apurado nas nossas mesas ao jantar.
O Orlando e eu também tratámos de fazer o arroz de miúdos, que, segundo me disseram depois, estava óptimo.
Às sete e meia mais ou menos zarpámos para Santo Amaro, onde a Lurdes já tinha tratado das batatas assadas no forno e o avô Somsen das ervilhas, favinhas, e rosbife.
Jantámos cedo, porque o avô assim queria, mas depois deixámo-nos ficar pela mesa à conversa. Acompanhada pelas sobremesas que eram muitas, desde o arroz doce ao pudim de chocolate, passando pelo pudim da Lurdes, pelos morangos com natas, bolo de chocolate, não faltando o famoso puré de maçã (estamos em Portugal, não estamos?) e pelos cafés (ai a balança...).
Deste dia não há fotografias, mas as imagens ficam-se pela nossa memória e são muitas. A Amália a lamber a colher de puré de maçã, o Zé a ir a correr pedir ao tio Orlando para lhe dar "poderes", a Ângela agarrada literalmente à papelada do estágio que muito a entusiasma, a louça para lavar, para limpar e arrumar (bom, é melhor esquecer esta parte).
Partimos para outra semana. Mais curta para alguns, com férias à mistura, mas de regresso a trabalho e aulas que não podem esperar, para a maior parte.
No sábado lá estaremos juntos de novo. Provavelmente não tantos, mas sempre muitos. Os anos do Zé esperam por nós.
E claro, agora que o Verão se aproxima e os aniversários também, vamo-nos encontrar muito mais. Depois lá para Setembro as coisas acalmarão, mas a perspectiva de um Natal e um Ano Novo a aproximar, voltarão a aquecer os nossos corações e à reunião de família usual.


Até à próxima!

Beta

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sexta-feira Santa, 10 de Abril de 2009


Na Sexta-feira Santa lá fomos, quase todos desta vez, de armas e bagagens para Montemor-o-Novo, para os Henriques, celebrar os anos do Jan e do Henrique.

Lá estava a família da Filipa em peso, mas os Somsens batiam-nos aos pontos. E ainda faltava a coitadinha da Ângela que ficou a estagiar e do pai do Jan que ficou em casa a descansar.

Pena o tempo não ter estado muito agradável, com vento frio, mas em Abril o que é que se pode esperar?

De qualquer forma, esteve-se muito bem, deu para matar muitas saudades, para os miúdos brincarem e até para tirar fotos de família. E claro, deu também para encher a barriga de coisas que não se deviam nem beber nem comer, mas que se lixe, estávamos na Páscoa e, apesar de dia de jejum, o nosso pecou e muito.

Não sei quando estaremos todos os sete irmãos novamente juntos, ou os doze netos, por isso ficam aqui as fotos para relembrar mais tarde. Para a próxima estarão mais dois, os “Gémeos”, como serão provavelmente chamados.



Pois é, já várias vezes pedi ao Fred e à Filipa para escreverem as novidades, mas eles andam muito ocupados pelas terras de sua Majestade a fazer meninos aos pares e nem dão notícias escritas aqui.

Qualquer dia volto cá.

Beta

segunda-feira, 23 de março de 2009

A Ponte a pé



Ontem foi mais um dia de atravessar a Ponte 25 de Abril a pé, a correr, de patins, em cadeira de rodas, entre várias hipóteses.

Voltei a atravessá-la, desta vez só com a Sofia. O tempo estava propício porque estava encoberto, sem estar frio, não havia vento, para além duma brisa fresca. Como já fizemos o percurso sob sol abrasador e sob chuva, continuamos a achar ser este tempo o melhor de todos. Desta vez não temos fotos, não levámos máquina, mas basta a nossa palavra e a história do percurso que começou no comboio das 8h19 em Oeiras.

De todas as vezes que fomos, nunca apanhámos tanta gente como ontem. Demorámos quase meia hora para chegar ao garrafão das portagens, desde a estação do Pragal, mas ainda antes do tiro de partida, às 10h30. Depois foi quase em filinha indiana até entrar na ponte propriamente dita, quando começou a fluir, porque uns correram e outros afastaram-se da parte central dos furinhos.

Fizemos o percurso quase todo em marcha rápida, mas pela parte central da ponte, e por isso ainda hoje me doem os pés. É que parecendo que não, aqueles furinhos não são assim tão pequeninos e magoam os pés. Mas também aquilo não foi feito a pensar em pés, não é?

Como de costume haviam “cromos” pelo caminho, desde os homens vestidos de azul celeste, com touquinhas e rendinhas, como se fossem bebés, até à banda de jovens a tocar gaita de foles mesmo no meio da ponte.

Parece que, íamos nós a meio, um maluco qualquer saltou de um dos pilares com pára-quedas mas nós só soubemos pela televisão, já em casa. Não demos mesmo por nada.

Chegámos a Belém eram umas 11h55. Foi a vez em que fizemos o percurso mais rápido. Para a próxima vamos a correr e fazemos a meia-maratona (Devem pensar que somos doidas, não?).

Não vislumbrei sinais do fogareiro habitual e das febras a grelhar, nem das cervejas como as que se beberam das outras vezes. Talvez a crise os tenha impedido de circular desta vez.

Para o ano, se tudo correr bem, lá estaremos de novo. Quem nos quer acompanhar?

Beta

quinta-feira, 19 de março de 2009

ainda o "ao Domingo"

O Fred informou que, a partir de certa altura, passou a ser ele a fazer o pudim de domingo. Mas eu não me lembro e naturalmente isso já foi tão tarde que eu já nem morava com eles. Mas fica aqui a observação.

Beta

terça-feira, 17 de março de 2009

Ao Domingo….

Ao Domingo era um dia sempre especial. Primeiro tínhamos de ir à Missa à vila e mais tarde cada um de nós, alternadamente, passou a ter de ir à Igreja ao Estoril com o pai, porque a história da Missa não pegava. Mas essa é outra história.

O almoço era sempre muito bom. Ou rosbife, ou bifes à holandesa, ou costeletas à holandesa, ou carne assada à holandesa. Sempre carne, sempre com acompanhamentos especiais – couves de Bruxelas, feijão verde cozido, creme de alface, qualquer um servia. E havia sempre sobremesa, normalmente gelado.

E ao jantar que era o costume – sopa e pão – tínhamos sempre ou pudim ou gelatina que o pai fazia sempre no sábado. Aqueles pudins especiais que ele fazia e que eu nunca mais comi, com frutas cristalizadas e um sabor a rum (seria?) ficaram-me na memória. Um dia destes tenho de lhe perguntar como eram esses pudins feitos, para experimentar.

Se souber, depois coloco aqui no blog a receita para todos podermos partilhar essas delícias da nossa infância.

De tarde fazíamos a voltinha, de que já falei anteriormente.

Memories…

O “Pratinho”

Todos os domingos tínhamos direito ao “pratinho”. Era uma festa para nós, crianças. Era o único dia da semana a que tínhamos direito a doces e estes eram tão especiais, vindos da Holanda, secretamente escondidos algures no quarto dos pais, só viam a luz do dia cada domingo, seleccionados criteriosamente pelo pai que criava aquele “pratinho” como de uma obra de arte se tratasse.

Normalmente constava de uma ou duas bolachas holandesas, “caffe-noir” ou outras, uma barrinha de "Mars", que ainda não havia por cá, e uma série de “pistas” * diferenciadas, gomas, etc. Era tudo colocado num daqueles pratos de cartão utilizados hoje em dia para as festas de aniversário das crianças, muito coloridos que traziam imensa alegria aos nossos corações infantis.

Mas o mais giro era que o Paulo, que normalmente acordava da sesta pronto para comer o “pratinho” tinha, antes disso de comer o que não tinha comido ao almoço. A mã aquecia então o resto do almoço dele ao lume e ele, a muito custo, lá o engolia para poder depois devorar o que estava no “pratinho”.

Memories…


* para saber o que são “pistas” ler o texto sobre “A voltinha e a árvore das pistas”

segunda-feira, 16 de março de 2009

ainda o polvo

A pedido do Paulo, chamo a atenção para o facto do polvo nunca necessitar de sal, quando é cozinhado.

Fiz também a alteração na receita publicada.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A voltinha e a árvore das "pistas"

Todos os domingos, quer fizesse chuva ou sol, lá íamos à tarde, com o pai, fazer a voltinha.

A voltinha consistia num passeio, normalmente a pé, que fazíamos pelas redondezas da nossa casa, na Medrosa.

Umas vezes íamos até aos Lombos, mas normalmente a voltinha era pela estrada militar, até ao sítio onde agora fica a vulgo NATO, desde 1970, mais ano menos ano.

Nessa altura, ainda havia a casa do cantoneiro, onde os cantoneiros – homens que tiravam as ervas daninhas das bermas da estrada e a mantinham limpa – guardavam os seus apetrechos. Muitos anos depois dos cantoneiros terem desaparecido – e durante anos foram dois, um grande e gordo e um mais pequeno que por lá andaram – a casa manteve-se meio em ruínas e serviu para brincarmos às escondidas.

Ainda me recordo duma vez termos subido a ladeira que agora está encerrada, pertença da NATO, e estarmos a ver a vista que se perdia até Lisboa (fabulosa!) e do pai me dizer para eu aproveitar aquela vista porque um dia desses já não poderia usufruir dela, com a construção de prédios que se avizinhava. E é bem verdade, aquela vista linda perdeu-se, mas perdura na minha memória. Nesse dia e nesse sítio vi, pela primeira vez na vida, um ouriço caixeiro, mas estava morto. Parecia um rato cheio de picos.

Mas o que nós mais gostávamos da voltinha, era quando íamos à arvore das “pistas” – mais uma vez paro para fazer reparo que as “pistas” eram tudo o que fosse rebuçado, pastilha, ou outra coisita do género que os pais traziam da Holanda, “pista” era abreviatura de pastilha que um de nós resolveu dizer, mal, mas que deu origem a uma nova palavra no nosso vocabulário.

Na árvore a que o pai subia, estava sempre um rolo de “mentos” ou de outra marca que depois servia para adoçar a nossa boca. E, para mim, que detestava sair de casa para ir fazer a voltinha, porque preferia ficar em casa a ler um livro, era o maior motivo para ir.

Eu sabia que a árvore não dava “pistas” mas (era muito esperta) dizia para com os meus botões que era porque o pai passava sempre ali de carro de manhã quando ia à Igreja e era nessa altura que punha lá as “pistas”. Sinceramente nunca me passou pela cabeça que ele as tivesse no bolso e fingisse que as tirava da árvore. Enfim, coisas de criança…
Ao pé da árvore das “pistas” havia um grande banco de pedra, na berma da estrada, onde nos sentávamos sempre para descansar e comer as “pistas”.

Lembro-me de, por vezes, fazermos o passeio de bicicleta, mas a maior parte das vezes era mesmo a pé.

Memories…

Beta

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bacalhau à Moda do Orlando


Para 4 pessoas

4 postas de bacalhau (ou o equivalente em badanas, rabos etc.)
2 cebolas grandes
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 cenoura grande
0,5 kg de camarão cru
Azeite, queijo ralado, sal e pimenta q.b

Molho bechamel como explicado na receita

Batatas fritas em cubos



Faça um refogado com o azeite, as cebolas e os alhos cortados às rodelas, a folha de louro, a cenoura ralada, sal e pimenta q.b. Coloque este preparado num pirex ou tabuleiro para ir ao forno.

Coza o bacalhau, coe e reserve a água. Desfaça o bacalhau em lascas e coloque em cima da cebola.

Descasque os camarões e tempere-os com um pouco de sal e pimenta.

Coza as cabeças dos camarões na água do bacalhau, esprema-as e deite-as fora.
Reserve esta água.

Faça o molho bechamel com a água que reservou, juntando 1 colher de sopa de margarina e farinha até engrossar (um bocado a olho. Pode juntar um pouco de leite ou natas no final para ficar mais macio. Rectifique os temperos.

Coloque os camarões crus no pirex por cima do bacalhau e regue com o molho bechamel. Espalhe queijo ralado por cima e leva a gratinar no forno.

Frite as batatas em cubos.

No final, coma tudo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Beringela Gratinada





INGREDIENTES:

4 beringelas
3 tomates
1 cebola
2 dentes de alho
Fatias de queijo ou queijo ralado
Farinha de trigo integral (de preferência)
Manteiga/Margarina para untar
Sal a gosto



MODO DE FAZER:

Lave, descasque e corte as beringelas ao comprido (cerca de 1/2cm de espessura)

Ponha as fatias em uma mistura de água e 1 colher (chá) de sal

Retire da água, seque e passe na farinha de trigo integral

Coloque em tabuleiro untado e leve para assar no forno em fogo médio

Vire uma vez, para dourar o outro lado

Numa frigideira com um pouco de azeite loure a cebola com os alhos cortados e dois tomates, descascados e cortados aos bocados (coloque sal e temperos a gosto). No fim triture tudo com a varinha mágica

Num pirex médio coloque 1 copo de molho de tomate e forre com uma camada de beringela assada

Espalhe um pouco de queijo. Alterne as camadas de beringela e queijo e termine cobrindo com o resto do molho

Salpique um pouco de queijo e decore com as rodelas de tomate.

Leve ao forno quente para gratinar por dez minutos



Experimentem! É bastante bom... Boa maneira de fugir por vezes da carne e do peixe..
Bom APETITE!
Beijoca* Sofia

Polvo à moda do Orlando

Por sugestão da Sofia, resolvemos dar início a mais um tema aqui no blog da família, com as receitas que mais fazemos e que poderão ser úteis a todos nós. Hoje começo com o Polvo à moda do Orlando. Mais lhe seguirão. Bom proveito!




Polvo à moda do Orlando
(para 4/6 pessoas)


1 polvo médio (para 4/6 pessoas)
Batatas miúdas para assar com pele
Sal, pimenta, colorau, azeite, alho, louro, vinho branco e coentros q.b.

Põe-se água a ferver e escalda-se o polvo 3 vezes. À terceira vez deixa-se o polvo a cozer. Se for em pressão, escorre-se alguma água e coze-se o polvo 10/15 minutos dependendo do tamanho. Se não for em pressão, deve-se contar com certa de 35/45 minutos para cozer. Quando se cozinha polvo, nunca se deve adicionar sal.

Cozem-se as batatas com pele durante 12 minutos em água e sal. Depois de cozidas escorrem-se.

Numa tigela deite parte do azeite, o colorau, os alhos cortados em lâminas, o louro e misture.

Numa assadeira tape o fundo com azeite e alhos laminados e coloque ao centro os tentáculos do polvo.

Vá envolvendo as batatas cozidas no molho e dispondo-as em volta do polvo. No final regue tudo com o que sobrou do molho e moa pimenta por cima. Pode por picante se gostar.

Entretanto aqueça o forno a 200º, coloque nele a assadeira durante cerca de 15 minutos até começar a ferver. Regue então com cerca de 2 dl de vinho branco, deixe ferver mais 5 minutos e retire do forno.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os bimbos voltam a atacar










Obviamente depois do final de dia de ontem, e também da noite, só poderia estar tudo branco hoje. E mais que branco, tudo parado - nem comboios, nem autocarros, nem metro, enfim. Claro que a Filipa ainda saíu às 7.30 mas 10 minutos depois estava em casa outra vez. Ainda tentámos ir levar o Henrique à escola (passámos pela estação de Anerley, onde tirei esta foto - nem os carris se vêm), mas batemos com o nariz na porta. Demos mais uma voltita, e voltámos para casa. Claro que depois dos comentários sobre o nosso fantástico boneco de neve de ontem, resolvemos deitar mãos à obra e fazer um novo, um pouco maior. Aqui está o testemunho.

São agora 17h e continua a nevar imenso. Vamos a ver como vai ser amanhã...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Os bimbos em Londres











Infelizmente a minha primeira inserção no blogue da família é para confessar que afinal não passamos de uns tacanhos lá da santa terrinha. Passo a explicar: na sexta vi no BBC Weather (e já a professora Anna, do Henrique, o tinha anunciado), que na segunda teríamos neve por aqui. "É pá! Neve! Que fixe!" imaginei logo... E realmente assim o foi. Hoje (Domingo) ao fim do dia fui à janela sacudir a toalha e disse à Filipa (e à Sandra, que tinha vindo almoçar connosco): "Olha, o céu está limpo mas estão a cair uns poucos de flocos de neve."
Mas claro que nem davam para cobrir o chão de branco. Uma meia hora mais tarde a Filipa espreitou para a rua e exclamou: "Olha, está tudo branco! Está a nevar a sério!". Logo fomos todos espreitar, e num ápice vestimo-nos todos e descemos à rua para, como genuínos bimbos, começarmos a brincar com a neve. Até um boneco (ito) de neve fizemos. Claro que não se via mais ninguém na rua. Só nossas insolências... Obviamente que não esquecemos as fotos. E lá passamos um rico final de dia. São agora 10:50, já vimos os novos episódios do Lost (a segunda parte da 4ª série começou na semana passada na Sky1), e continua a nevar a potes lá fora. Amanhã já sabemos que vai ser um problema com os transportes, mas vai ser bem bonito sair à rua. Aqui ficam as fotos bem frescas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

os Poole, a quinta de Benfica e mais o que vier...

Agora que os descendentes dos Poole que vieram para Portugal, há mais de um século, regressam a Inglaterra e que o primeiro volta a nascer nesse lugar, é bom fazer uma retrospectiva da sua passagem pelo nosso país nos séculos XIX e XX.

O que aqui escrevo vale-se sobretudo de histórias contadas pela minha avó e pela minha mãe e por tudo o que consegui guardar na minha memória, que dizem ser muito boa. Para ficar para a posteridade e não se perder a informação.

A avó Henriqueta (Maria Harriet Poole de nascimento), minha bisavó, já nasceu no nosso país, 9 de Março 1865, na Batalha. O avô Henrique, mais velho um bom par de anos, nasceu a 1 de Janeiro 1858 em Oliveira de Azeméis. Casaram-se em S.Brissos, Montemor-o-Novo a 25 de Maio de 1880(?)), e trouxeram para Lisboa uma fortuna com ele, proveniente de minas. Com esse dinheiro compraram uma quinta em Benfica, por onde passa agora a 2ª circular.

Quando casaram, a minha bisavó pouco mais tinha do que 15 anos. A tia Laura, (nascida em 9 março 1882 em S.Tiago do Escoural, Montemor-o-novo) primeira filha deste casamento (antes houve em 1881 o Ernesto, que morreu bebé), nasceu, tinha a avó Henriqueta, 17 anos. Mas eu sei disto, porque diziam-me que a avó Henriqueta tinha menos diferença da filha mais velha do que esta tinha do irmão mais novo. E irmãos foram muitos. Sobreviventes, ou que chegaram pelo menos à maioridade, foram a Laura, o Leopoldo, o Avelino, o Ernesto, o Henrique (que morreu com 21 anos provavelmente de tuberculose), e a Alice. Mas os filhos do casal foram muitos mais: Ernesto 1881 (morreu com 0 anos), Laura 1882-1947, Leopoldo 1885-1933, Henrique 1886 (morreu com 3 anos), Henrique (?) 1890 (morreu com 0 anos), Alice 1892 (morreu com 3 anos), Henrique 1894-1920 (morreu aos 26), Avelino 1898-1972, Alice 1900-1964, Ernesto 1904-1970). Um deles morreu afogado num tanque da quinta, os outros com doenças que eram fatais na altura. Eu só conheci a 2ª Alice, o Avelino e o meu avô, o Ernesto. Todos morreram antes dos 65 anos, menos o Avelino que resistiu mais alguns anos.

Do que me foi dito, a avó Henriqueta teve também um irmão, o Thomas (nascido a 25 de Novembro de 1860, em Borba), que emigrou para a América e de quem nunca mais se soube. Com as possibilidades que há hoje de pesquisa através da Internet, pode ser que se encontre alguma coisa, mas há tantos Poole nos EUA que se me afigura difícil descobrir. Além do mais que não se sabe quando nem como ele foi, e se foi realmente.

Os pais da avó Henriqueta foram Thomas Poole, nascido em Inglaterra, Londres (?) e Maria da Conceição Ribeiro, nascida em Oliveira de Azeméis. Os pais de Thomas foram John Poole e Elisabeth Reader.

Dos sobreviventes, a Laura e a Alice nunca casaram (segundo dados que tenho, a Laura casou-se aos 30 mas não sei com quem, mas deve ter sido sol de pouca dura…). A Laura foi mais mãe dos irmãos e dedicou-se-lhes pela vida fora. A Alice era uma pessoa estranha, tinha uma ar mais estrangeiro, uma madeixa loura no cabelo e tinha de ser sempre a última a deitar-se naquela casa. Acho que foi o meu avô que tentou uma vez deitar-se depois dela e esperou até às 3 ou 4 da manha sem o conseguir; ela tinha sempre que fazer! Ela viveu na quinta até ao final dos seus dias, rodeada de gatos, gatos, gatos. Mesmo quando a quinta foi expropriada, ela conseguiu manter-se lá até adoecer e morrer no hospital (com um cancro, acho eu).

O Leopoldo casou (em Agosto de 1912 com Maria Augusta Martinho) e teve dois filhos, o primeiro morreu novo com tuberculose (nasceu em 1914 e morreu em 1924, e chamava-se Fernando Martinho Poole da Costa), e o segundo ainda é vivo, chama-se Ruy, foi casado com a Mimi, que já faleceu, e tem dois filhos – o Leopoldo e a Teresa.

O Avelino casou com a Maria Luísa (da Silva Basto, em 31 Março 1929) e teve dois filhos, o primeiro (mais um Henrique, da Silva Basto Poole da Costa, morreu com 1 ano. Por isso é que os primos ficaram horrorizados quando souberam que o filho do Fred se chamava Henrique, pois achavam que o nome trazia azar, mas o Paulo também é Henrique e ainda está bem vivinho da Silva, se bem que a avó Dicta ficou horrorizada com a ideia quando mã resolveu pôr-lhe esse nome) morreu novo e o segundo ainda é vivo, chama-se João (João Pedro, nascido a 29 Abril 1932) e tem 3 filhos – a Madalena (16 Março 1959) e a Isabel (1964) do primeiro casamento (com Leonor Amado) e o Pedro Henrique (outra vez!) do segundo casamento, no Brasil, nascido em 1978 fruto do casamento com a Sra. de apelido Fay-Cahen.

O Ernesto casou com a Maria Benedicta (os meus avós), e tiveram dois filhos, o José Avelino, que já faleceu, que casou com a Maria Manuela e que tiveram 3 filhos, a Cristina, o Jorge e a Maria João (Pitorra) e a Maria Tereza (minha mãe) já falecida, e que casou com o Arie e que tiveram 7 filhos – eu, o Paulo, a Ana, o Pieter, o Fred, o Miguel e a Dina.

Aliás há uma história que a minha avó me contava: quando o Leopoldo ia ser pai pela segunda vez, foi-o de um rapaz e o primeiro morreu; quando o Avelino foi pai pela segunda vez, foi-o de outro rapaz e o primeiro morreu. Resultado: quando a minha avó ficou grávida pela segunda vez, meteu-se na cabeça que, se fosse um rapaz, o primeiro iria morrer e por isso fez uma promessa à Santa Teresinha que, se tivesse uma menina, lhe poria o nome de Tereza. Por isso a minha mãe foi Tereza.

Lembro-me muito bem da altura em que a quinta foi expropriada pela Câmara de Lisboa, para construção da 2ª Circular. Nessa altura já só estavam vivos o Avelino, o Ernesto e a Alice, de modo que, o meu avô comprou um prédio na Venda Nova, e arranjou um dos andares para a Alice ir para lá morar, mas ela nunca o chegou a habitar.

Antigamente era normal só os filhos homens herdarem, mas, caso as filhas não fossem casadas, teriam de ficar à responsabilidade dos irmãos. Ao meu avô Ernesto calhou a Alice, por isso ele arranjou aquele andar que eu conheci todo mobilado para a irmã.

Durante muitos anos passei pelo viaduto de acesso à 2ª circular e via as ruínas do edifício que tinha sido a Casa da quinta, até já só ficarem presentes na minha memória.

Um dia destes quando perto do Colombo, a pé, reparei que o monte, metade do qual pertencia à quinta, ainda lá está com algum casario que não sei de quem é.

Estas são algumas das memórias que guardo. Mais virão com certeza. Aqui contarei.

E obrigada pelas correcções do Fred, que me foram muito úteis na elaboração deste texto!!!!

Beta

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Jantar de ano novo

Olá, queria avisar que infelizmente não vou ao jantar de ano novo em Oeiras. Vai toda a casa menos eu, combinei com uma colega uma festinha em casa dela e por isso não vou estar presente. Por isso desejo a todos um feliz ano novo 2009. Para quem não sabe eu fiz um novo blog, chamado "As Criações da Laura" , onde tenho algumas criações minhas(desenhos, textos etc...).

Laura

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Orlando, a pesca, a Polícia Marítima e o Correio da Manhã


Em casa, passámos o fim-de-semana a ouvir o Orlando a dizer "Já viram a notícia do CM? Já viram a minha foto? Agora sou conhecido..." ninguém o aturava, claro, só na brincadeira. Para o poderem chatear no próximo fim de semana, no Jantar de Ano Novo, aqui fica a foto e o artigo do CM online de quinta-feira passada e o respectivo link




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Após operação de fiscalização da Polícia Marítima
Pescadores de Oeiras revoltados



Um grupo de pescadores amadores cujas embarcações estão sediadas na Marina de Oeiras está revoltado com a acção de fiscalização da Polícia Marítima na tarde de quinta-feira. “Entraram nos barcos sem nenhum dos proprietários estar presente, remexeram em tudo e quando os confrontámos, recusaram identificar-se ou explicar porque razão ali estavam. Como estavam à paisana, até podiam ser ladrões a mexer nos barcos”, contou ao CM Luís Martins, que há mais de 20 anos se dedica à pesca em lazer.
Contactada pelo CM a Marinha Portuguesa disse que “a Polícia Marítima actuou no decurso de uma normal operação de fiscalização tendo por base denuncias de que pescadores lúdicos efectuavam venda ilegal de pescado na Marina de Oeiras”.

José António, pescador há mais de três décadas fala em falta de coerência: “Comprei material numa loja de pesca, para pescadores amadores como eu. Chego ao barco e um dia um dos fiscais diz que aquele material é ilegal, dois dias depois outro fiscal diz que está dentro da legalidade. Ninguém se entende”.
Na operação estiveram envolvidos oito agentes da Polícia Marítima e foram fiscalizadas nove embarcações das quais quatro incorriam em ilegalidades.

O pescador Ricardo Lopes que se dedica à pesca há exactamente 40 anos fala em “perseguição”: “Ando nisto há muito tempo e agora as coisas são piores que antes do 25 de Abril e do tempo da PIDE. Mostramos a armadilha a um agente e ele diz que é legal, na semana seguinte aparece outro agente que nos manda cortar a barbela do anzol. E passam os dias de binóculos a ver o que fazemos. Não entendemos”.

O CM apurou que as fiscalizações da Polícia Marítima junto dos pescadores amadores na marina de Oeiras são regulares embora na quinta-feira tenha sido a primeira vez que os agentes à paisana entraram nos barcos sem a presença ou conhecimento dos proprietários. “Nós sabemos que não se pode pescar polvo pequeno para preservar o ecossistema. Mas a verdade é que alguns supermercados vendem polvo pequeno congelado e importado de países europeus. O Governo não deixa pescar mas deixa importar e comprar?”, questiona José Carlos Ferreira.

Na quinta-feira as autoridades apreenderam 61 quilos de polvo, 41 quilos dos quais imaturo que foram entregues ao Banco Alimentar Contra a Fome. “A nossa actividade não é a pesca, por isso é que somos amadores. Andamos aqui para nos entreteremos e quando estamos sozinhos na embarcação a legislação permite que possamos pescar 10 quilos”, salienta José António.
A legislação para as embarcações de recreio está prevista na portaria 868/2006 (decreto-lei 166, publicado em Diário da República a 29 de Agosto de 2006) mas não é minuciosa em relação aos tipos e qualidades de materiais de pesca: “Se a lei não especifica, e se cada agente da polícia marítima diz uma coisa, como é que nos vamos entender?”, questionam os pescadores amadores de Oeiras.
Para poderem pescar em lazer, os pescadores têm que pagar anualmente entre licenças e impostos valores que oscilam entre os €200 e os €500 euros.
A partir de segunda-feira o Parlamento Europeu vai debater e votar o relatório dos deputados comunistas portugueses sobre Convenção Nº 188 da Organização Internacional do Trabalho relativa ao sector das pescas. Esta Convenção visa estabelecer normais internacionais mínimas para o sector das pescas tendo em conta as condições de trabalho e de saúde dos pescadores.


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Tenho dito!


Beta