sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Paulo - 50 anos



Zé disse:
Pai querido meu amor quero dar presentes meu amor

Afonso disse:
de vez em quando , és chato, de vez em quando és porreiro, mas a toda a hora, és o meu pai, e eu adoro-te

João disse:
"Lembras-te do prince of persia viciar?
e de me arranjares o meu primeiro trabalhinho?
agora os 50 anos estás a festejar,
PARABÉNS PADRINHO!"

Laura disse:
Pai, sempre me acompanhas-te, sempre me ajudas-te, sempre me deste aqueles miminhos que nem toda a gente dá...
Em primeiro lugar criaste-me, tives-te toda a paciência para todas as minhas birras impossíveis, já me salvas-te a vida, já me apoias-te numa operação... Que mais posso pedir que faças por mim? Eu sempre farei tudo no máximo para ti, mesmo que seja uma coisa practicamente impossivel!
Espero que não te tenhas arrependido de me fazer tudo isso, porque eu sinto-me completamente grata por ser tua filha...
Adoro-te!!!
Amália mandou:


Sofia disse:
Desde sempre que achei que devia ser uma pessoa importante e marcante na tua vida…. Costumam dizer que à 3ª é que é de vez… mas eu preferi que fosse à 2ª. Tentei nascer no teu dia de anos mas infelizmente já estava apertada de mais e lá vim 10 dias antes… Mas não podia deixar de marcar a tua vida por isso tive que nascer no dia 4! Ah pois!!! Tinha que ser num dia especial para ti… e mazinha como sou obriguei a minha mãe a ficar na maternidade em vez de ir festejar e comer à grande e à francesa no teu casamento!
Pois é… já lá vão 50 anos de vida, 20 de casamento e 20 a aturar-me! São muitos tios mas tu tens o teu quê de importância – és o único que sei quantos anos de casamento tem! Já viste? Maravilha! Eheheh
Espero que tenhas sido muito feliz até aqui e que o sejas por muitos mais anos!
Beijoca da sobrinha de quem nunca esquecerás a idade e dia de anos =)

Miguel disse:
AO PIRATA PAULO SOMSEN
Ao longo desta minha vida de eterno pós-adolescente, segui as pisadas do Paulo como um patinho recém-nascido segue a mãe, sem conhecimento de risco e armadilhas inerentes à vertigem da vida.
A aventura de o seguir para os maus caminhos foi enorme, e sempre preferível ao tédio, como provam as experiências inesquecíveis de ver os 120 Dias de Sodoma e Gomorra de Pasolini no Quarteto aos 12 anos (tratava-se de um filme light em que padres abusavam sexualmente de crianças), ou a iniciativa empresarial de gravar cassetes piratas com as melhores bandas do mundo para vender ao pessoal que semanalmente preenchia os Pregões e Declarações do Blitz (e eles compravam!).
O maior erro da minha vida? Seguir o Paulo até ao Instituto Superior Técnico, onde uma rádio pirata (a R.U.T., Rádio Universidade Tejo) dava os seus primeiros passos. Se eu não tivesse entrado nesse projecto visionário, feito para monarcas de castelos na areia, teria decerto hoje uma vida mais católica e equilibrada, como a nossa avó tanto desejava. E provavelmente nem teria barriga – ou a barriga cheia de tanto viver.
Por isso, se pudesse repetir, ou voltar atrás, preferia sempre seguir o Paulo pelos maus caminhos. Porque só os sábios, os atrevidos e os piratas nos podem dar a conhecer os atalhos da felicidade.

Ana disse:
Que tudo se passa a correr, já sabemos, quando jovens; como tudo se passa a correr, só sabemos com a idade.

Fred disse:
Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem. Estávamos em 1979, e o Paulo chama-me ao quarto dele para me mostrar, as escondidas, algo que tinha comprado. Parecia algo muito secreto e proibitivo... Afinal era o álbum duplo dos Clash "London Calling". Era extremamente difícil conseguir discos tão novos nessa altura em Portugal (o álbum saiu em 1979, e era raro as edições de um ano chegarem nesse mesmo ano ao nosso país), por isso calculo que o tenha comprado no único local onde era possível adquirir importações - a discoteca do Carmo (a que o Paulo chamava "Os Freaks"). Claro que o preço deve ter sido uma barbaridade, e por essa razão disse-me, antes de eu sair do quarto, "Não digas nada a Mã".
Eu tinha apenas 14 anos, e estava a começar a gostar também de alguma música muito por influência dele (tinha comprado no Verão desse ano os meus dois primeiros discos - Police "Regatta De Blanc" e Ramones "It's Alive"), mas esse final de ano foi marcante para mim, com edições de discos como esse dos Clash, Joy Division, e também as famosas cassetes que o Govert Visser mandava ao Paulo.
Obviamente, tenho esse "London Calling" na minha colecção, e talvez até demais: duas versões em CD (a dos 25 anos, e a japonesa), e uma em LP (a original).
Foram tempos intensos, e nunca os esquecerei.

Graciete disse:
Neste dia tão importante quero desejar, cada segundo de sua vida, signifique um ano e que cada ano signifique uma eternidade de amor. Muitas felicidades

Beta disse:
Tive o privilégio de ser a que te conheço desde que nasceste. Para além, claro, do nosso pai. Por isso, conheço-te desde há 50 anos. E 50 anos é muito tempo. Tivemos as nossas brigas de miúdos, mas felizmente, em adultos, nunca as tivemos. Tens um lugar grande no meu coração. És o Paínho, o menino que tinha “duas boínhas, uma do Paínho e outra da badadida”, o trapalhão da linguagem quando criança, o que gostava de me picar para eu me enfurecer. O que organizava a venda dos refrescos e que punha os outros a vender por ele. Esperto! Um dos “meus meninos”. Beijinhos e, como dizia o outro, “faz o favor de ser feliz!”

Arie disse:
O espírito de iniciativa do Paulo não tinha limites quando era mais novo. Não quero dizer que este espírito lhe esteja a faltar, mas de qualquer forma sempre soube muito bem pôr os outros a trabalhar.
Na Medrosa, de verão, teve a ideia de montar o negócio de venda de refrigerantes à malta que passava, cheia de sede depois de um dia de praia, em caminho da estação de Oeiras. A água, o açúcar e os envelopes de TANG eram tiradas da despensa. O gelo do frigorífico, e assim montou uma mesinha com uma cadeirinha, a espera ao portão da casa, de clientes com sede.
Mas ficar à espera não era com ele. Assim, trespassou o negócio para o irmão mais novo, mas não sei se lhe pagava alguma coisa das receitas que iam caindo e que lhe dava depois possibilidades de comprar coisas que com a “semanada” que a mãe lhe dava, ele não podia pagar.

Pieter disse:
Quando a minha irmã mais velha propôs a toda a família, que escrevessemos umas palavras sobre o Paulo devido ao seu 50º aniversário, a ideia não foi muito bem recebida por mim, já que tudo me pareceu um género de obituário, daquelas coisas que dizemos ou escrevemos quando uma pessoa falece. Como tal, achei por bem não escrever nada, apesar de não devermos contrariar a irmã mais velha. Também é um facto que não tenho nenhum termo ou situação que possa descrever ou representar o que significa o Paulo para mim, como não o tenho para qualquer outro dos meus irmãos. Todos têm muito valor. É verdade que muita da minha juventude foi passada com o Paulo, e lembro-me particularmente das viagens que fazíamos juntos à Holanda, quando ele tentava ver-se livre deste irmão mais novo, e eu o fazia passar vergonhas na casa dos avós.
Após alguns dias a pensar nesta proposta da Beta ( não estamos de acordo mas sempre vamos pensando no assunto ), concluí que de facto devemos dizer às pessoas aquilo que sentimos por elas em vida. Não consigo dizer nada em particular sobre o Paulo, como não consigo dizer sobre qualquer um dos meus irmãos. Todos são diferentes, com feitios muito díspares, mas qualquer um deles é muito especial. Não me imagino a viver sem qualquer um deles, mesmo que os nossos contactos não sejam assim tão assíduos, no entanto sei que basta um sinal para que qualquer um deles venha em nosso auxílio. É isto que eu acho que personaliza a nossa família, e para mim é um privilégio ter estes irmãos todos. Qualquer um deles. Sei que posso contar com todos. Por isso Paulo, aquilo que eu te digo, digo a todos os outros: obrigado por seres meu irmão. Amo-te muito.

Dina disse:
O meu maninho mais velho
São várias as recordações que tenho dele enquanto miúda, mas com 10 anos de diferença, de sexos diferentes, as recordações são maioritariamente carregadas de afectos negativos, na altura. O Paulo era (e é) o meu irmão mais velho e claro, eu só queria a sua admiração. Por isso, sei que fazia muitas coisas para que ele me considerasse como alguém.... quanto mais queremos fazer o bem, muitas vezes fazemos o contrário, e claro, era o que acontecia. Ele a chamar-me miúda e eu a ficar triste. Mas fui crescendo, aproveitando os seus conhecimentos musicais e conseguindo, por vezes, chegar até ele por essa via (lembro-me de ter usado a sua aparellhagem e a ter estragado e ele ter ficado tão chateado que me obrigou ir arranjá-la, o que implicava para uma miúda de 13/14 anos ter de ir de Oeiras a Almada sozinha para levar a aparelhagem a arranjar. Mas fui e mostrei-lhe que era capaz).
A grande ligação entre nós sinto que aconteceu após a morte da nossa mãe (apesar de me lembrar muito bem quando ele me contou que estava apaixonado pela Sandra, e eu senti-me grande, o meu irmão contava-me os seus segredos....). A vida estava numa fase complicada para todos nós, com a perda da nossa mãe. Paralelamente, eu estava desempregada. O Paulo, nessa altura deu-me a mão oferecendo-me emprego que me ajudou a ocupar o tempo e a ganhar um dinheirinho (bem bom). Foram 10 anos de mãos dadas. Graças a ele pude continuar a sonhar e a investir na minha área de eleição, trabalhando, estudando e sempre com ele funcionando como a minha base segura, ou seja, aquela pessoa que mostrou que acreditava em mim e que sempre me impulsionou para eu procurar mais do que aquilo que estava a fazer. Adorei trabalhar com ele, adorei conhecer o meu irmão mais velho, sendo ambos adultos. Apoiámo-nos, ajudámo-nos e ligámo-nos. O meu maninho mais velho continua a ser o meu maninho mais velho e eu admiro-te muito maninho de 50 anos. És muito especial para mim e graças a ti aprendi que era capaz de fazer muitas coisas, porque mesmo achando que não, estavas sempre ao meu lado a picar e é isso, às vezes, que nos faz crecer. Ah, e não me posso esquecer, foste tu que me apresentaste o meu namorado.... pois é, vês como és importante? ADORO-TE MUITO.

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